Filme discutido no Módulo I do curso - ODUVALDO
VIANNA FILHO: teatro, política, cinema e música popular. Visão de conjunto à
luz de questões contemporâneas – Curso em 2 módulos, com Maria Sílvia Betti
(FFLCH-USP)
As duas faces da moeda - 1969 - Domingos de Oliveira
As duas faces da moeda - 1969
Filme discutido no Módulo II do curso - ODUVALDO
VIANNA FILHO: teatro, política, cinema e música popular. Visão de conjunto à
luz de questões contemporâneas – Curso em 2 módulos, com Maria Sílvia Betti
(FFLCH-USP)
Roteiro e produção: Domingos
Oliveira e Antonio H. Oliveira.
Direção musical: Joaquim Assis.
Diretor de fotografia: Dib Lutfi.
Cartaz: Ziraldo.
Produtor
executivo: Saul Lachtermacher.
Produtor associado: Carlos Niemeyer.
Produtor administrativo: Luiz F.G.
Melo.
Figurinos: Louise Nery.
Câmera: José Antonio Ventura
Assistente de câmera: Rogério Noel.
Assistente de edição: Mauro Lando.
Assistente de produção: Abigail
Pereira Nunes.
Elenco em ordem alfabética: Abel
Pera, Adriana Prieto , Carvalhinho, Fregolente, Hélio Ary, Isabel Câmara, João
Bethencourt, Jorge Dória, Nazareth Ohana, Neuza Amaral, Oduvaldo Vianna Filho,
Paulo Padilha, Procópio Mariano, Rubens Correia, Thelma Reston
Livros de Domingos de Oliveira
Minha vida no teatro. Editora Leya. 1ª ed. (2010) ISBN : 9788562936166
Antonio: o primeiro dia da morte de um homem. Romance. Record. 2015.
Vida minha. Autobiografia. Grupo Editorial Record. 2014.
Os melhores anos de nossas vidas. Civilização Brasileira 2010.
Coleção Teatro brasileiro volume 1. Editora Hamdam. 1997.
Fragmentos do cotidiano. Editora Apoio Produção.2004.
Duas ou três coisas que sei dela, a vida.Editora
Objetiva.1994
Melhor teatro de Domingos de Oliveira. Editora Global.2004.
Do tamanho da vida : reflexões sobre o teatro / Domingos
Oliveira. Imprenta[Rio de Janeiro] :
Ministério da Cultura, Instituto Nacional de Artes Cênicas, 1987.
O dia em que os adultos desapareceram / Domingos Oliveira ; [il] Patrícia
Gwinner. Imprenta São Paulo : Melhoramentos, 1984.
Filme discutido no Módulo II do curso - ODUVALDO
VIANNA FILHO: teatro, política, cinema e música popular. Visão de conjunto à
luz de questões contemporâneas – Curso em 2 módulos, com Maria Sílvia Betti
(FFLCH-USP)
CENAS
DE ADA À BEIRA DA PISCINA APÓS O ROMPIMENTO COM MARCELO
Minha
desventura - Carlos Lyra (1964) Uma das músicas do show Pobre
Menina Rica (Carlos Lyra & Vinicius de Moraes) - Carlos Lyra (1964). (cantor) Carlos Lyra https://www.youtube.com/watch?v=zaGkfJsdyM0
Marcelo retira do
porta-luvas um volume, e o filme mostra
a capa com destaque. Marcelo folheia e lê um trecho silenciosamente: trata-se
de “A Legião Estrangeira”, de Clarice Lispector (Ed. do autor, 1964)
A legião estrangeira - Clarice Lispector
CENA
EM FLASH BACK – MARCELO E ADA VISITAM A PENSÃO INCENDIADA E PROCURAM O POSSÍVEL
QUARTO DO POETA INCENDIÁRIO
Marcelo acha e lê em voz
alta um fragmente do “Invenção de Orfeu”, de Jorge de Lima (1954)
Fragmentos lidos pelo personagem Marcelo (Oduvaldo
Vianna Filho) na cena da procura ao quarto do poeta incendiário (minutagem 52:50
do filme)
Também há as naus
que não chegam
mesmo sem ter
naufragado:
não porque nunca
tivessem
quem as guiasse no
mar
ou não tivessem
velame
ou leme ou âncora
ou vento
ou porque se
embebedassem
ou rotas se despregassem,
mas simplesmente
porque
já estavam podres no tronco
da árvore de que
as tiraram.
[...]
Estão aqui as
pobres coisas: cestas
esfiapadas, botas
carcomidas, bilhas
arrebentadas, abas
corroídas,
com seus olhos
virados para os que
as deixaram
sozinhas, desprezadas,
esquecidas com
outras coisas, sejam:
búzios, conchas,
madeiras de naufrágio,
penas de ave e
penas de caneta,
e as outras pobres
coisas, pobres sons,
coitos findos,
engulhos, dramas tristes,
repetidos,
monótonos, exaustos,
visitados tão só
pelo abandono,
tão só pela fadiga
em que essas ditas
coisas goradas e
órfãs se desgastam...
Trecho
de Otto Maria Carpeaux: citado na cena da redação da revista
“A
experiência histórica indica que a literatura e a política existem separadas.
Mas, embora separadas, seus destinos são comuns. São juntamente livres! Não há
motivos para desesperar, a não ser a derrota de um otimismo leviano (...). Não
nos deixar corromper, não ter medo!”.
(“História
da Literatura Ocidental”, de Otto Maria Carpeaux, foi lançada em 1959)