Desmonte da cultura promovido pela prefeitura de São Bernardo do Campo (PSDB)
No
Brasil, entre 2015 e 2020, foram fechadas quase 800 bibliotecas.
No estado de São Paulo são 698 desses equipamentos subtraídos à população no mencionado período.
Os dados de 2021 e 2022, por enquanto não divulgados, podem agravar ainda mais esse triste quadro construído pelo descaso e verdadeiro desprezo pela arte e cultura no país.
A revogação de direitos (trabalhistas, econômicos, previdenciários, políticos e sociais) tem sido a tônica do golpe de Estado de 2016, que deliberadamente sucateia e destrói os serviços públicos para transformar direitos da população em mercadorias (planos de saúde, escolas e previdências privadas etc.), impedindo o acesso da grande maioria a direitos fundamentais.
Em São Bernardo do Campo-SP, administrada pelo PSDB e em sintonia com o neoliberalismo do governo Bolsonaro, a referida política suprime equipamentos públicos (fechamento do CLAC-Centro Livre de Artes Cênicas, transferência do CAV-Centro de Audiovisual para lugar menor e inadequado, fechamento de bibliotecas, redução ou extinção de diversas conquistas dos moradores do município) e não dialoga com artistas e produtores culturais locais.
O FACA-Fórum Aberto de Arte e Cultura do ABC tem denunciado essas políticas autoritárias e antipopulares e, de maneira propositiva, apontado a necessidade de preservar os equipamentos existentes, ampliá-los, dinamizar seu funcionamento e criar outros novos para atender, de forma democrática, as demandas da maioria da população da cidade.
A organização e a resistência dos setores culturais — e do conjunto dos movimentos sociais e sindicais — são importantes para interromper o desmonte e reverter essa política desrespeitosa aos direitos de munícipes e, em particular, aos(às) de trabalhadores(as) da cultura, cujas atividades produzem empregos diversificados e o sustento de milhares de pessoas.
Colabore:
Quero colaborar com o Blog do Agenor Bevilacqua Sobrinho