Leituras críticas de dramaturgia moderna
estadunidense e brasileira. (1965-1972)
OBSERVAÇÕES:
Esta disciplina será oferecida a distância no 2º semestre letivo de 2020. Os
textos do Programa estarão disponíveis na plataforma Moodle USP e-disciplinas.
NOME DA DISCIPLINA:
Leituras críticas de dramaturgia moderna estadunidense e brasileira.
(1965-1972)
VALIDADE INICIAL (Ano/Semestre):
2020, 2º. SEMESTRE
Aulas Teóricas: Aulas Práticas,
Seminários e Outros
DURAÇÃO EM SEMANAS: 12
DOCENTE(S) RESPONSÁVEL(EIS): Profa.
Dra. Maria Sílvia Betti
Prof. Dr. Eduardo Luís Campos Lima
Link de acesso à página da disciplina no Moodle:
PROGRAMA
OBJETIVOS: Analisar e discutir uma seleção de
peças teatrais relevantes para o estudo do papel do teatro e da dramaturgia
moderna no contexto estadunidense e brasileiro no período compreendido entre
1965 e 1972.
JUSTIFICATIVAS: O estudo
do texto dramatúrgico tem papel formativo fundamental nas áreas de Literatura
Dramática, de Artes Cênicas e de Dramaturgia. Os textos dramatúrgicos que fazem
parte do programa desta disciplina tiveram papel importante dentro da
constituição de um repertório de procedimentos formais estratégicos no período
mencionado (1965-1972) tanto no contexto teatral dos Estados Unidos como no do
Brasil. Dentro desse período, transformações históricas, políticas e culturais
importantes estavam em curso e foram, em alguma medida, figuradas na tessitura
dramatúrgica dessas peças. O estudo analítico dessa dramaturgia permitirá a
colocação de questões essenciais para um melhor entendimento da própria dramaturgia
contemporânea.
CONTEÚDO (EMENTA):
Aula 1: Introdução, contextualização e problematização da proposta da
disciplina dentro do momento atual de crise econômica, sistêmica e
sanitária, isolamento social, aulas online e pandemia. Perspectivas e prioridades de pesquisa.
Aula 2: “Quem tem medo de Virginia Woolf?”, de Edward Albee.
Análise e discussão. Montagem brasileira dirigida por Maurice Vaneau com
Cacilda Becker, Walmor Chagas, Fulvio Stefanini e Lilian Lemertz em 1965.
Aula 3: “Moço em estado de sítio”, de Oduvaldo Vianna Filho.
Análise e discussão.
Peça de 1965 escrita pelo autor
dentro do grupo Opinião. Não liberada pela censura na época.
Aula 4: “A História do Jardim Zoológico”, de Edward Albee. Montagem
dirigida por Emílio Fontana com Raul Cortez em 1966 e “Vida doméstica”,
prequela de “A História do Jardim Zoológico” escrita em 2009. Inédita no Brasil
como encenação.
Aula 5: “Dois perdidos numa noite suja”, de Plínio Marcos. 1966. Estreia
profissional do autor.
Aula 6: “As bruxas de Salém”, de Arthur Miller. Montagem em 1965
sob a direção de João Bethencourt.
Aula 6: “Papa Highirte”, de Oduvaldo Vianna Filho. Premiada com o
1º lugar no concurso de Dramaturgia do Serviço Nacional de Teatro em 1968 e em
seguida proibida pela Censura. Primeira montagem realizada clandestinamente em
1976 pelo Grupo de Teatro de Ciências Sociais da FFLCH-USP com a direção de Tin
Urbinatti.
Aula 7: “Berro”, de Tennessee Williams. Versão final no contexto de
origem em 1972. Traduzida e apresentada no Brasil em 2013 em montagem do grupo
TAPA dirigida por Eduardo Tolentino.
Aula 8: Missa Leiga”, de Chico de Assis. Escrita em 1971 e montada
em 1972 com direção de Ademar Guerra, após enfrentar diversos impedimentos
criados pela censura.
Aula 9: “Um equilíbrio delicado”, de Edward Albee. Montagem de 1971
dirigida por Maurice Vaneau.
Aula 11. “Corpo a corpo” Monólogo de Oduvaldo Vianna Filho.
Encenado em 1970 sob a direção de Antunes Filho.
Aula 12: Balanço final das discussões.
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Conheça também:
de Maria Sílvia Betti (organizadora da edição de Rasga Coração)
Dramaturgia Comparada Estados Unidos /
Brasil: Três estudos
Autora: Maria Sílvia Betti
Editora: Cia. Fagulha
ISBN 13: 978-85-68844-03-8
Páginas: 360
e-mail: editora@ciafagulha.com.br
WhatsApp: (11) 95119-8357
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