Blog da Cia. Fagulha: Moralândia. Capítulo 6. A revolta evanjegue está na origem de Moralândia. Por Agenor Bevilacqua Sobrinho

Moralândia. Capítulo 6. A revolta evanjegue está na origem de Moralândia. Por Agenor Bevilacqua Sobrinho

Publicado anteriormente em: https://agenorbevilacquasobrinho.blogspot.com/2019/01/moralandia-capitulo-6-revolta-evanjegue.html

Moralândia: a terra do ódio e dos aproveitadores.

Dogmas do evanjeguismo dominam amplamente as instituições em Moralândia, tido como local ideal para proliferarem as mais esdrúxulas e torpes noções sobre como deveriam ser as regras de constituição e de funcionamento de uma “sociedade harmônica”.

Com a revogação da Ciência, evanjegues, doutrinados por inescrupulosos evanjeguizadores (bilionários), encontram-se entregues ao mais tacanho obscurantismo, regredindo séculos em conquistas civilizatórias antes consideradas sedimentadas.

Como cortina de fumaça, o Rei Mierdas, o prócer mais conhecido do evanjeguismo, expede decretos e mandamentos tresloucados e preconceituosos em escala industrial, tornando reféns de disparates e tolices infindáveis os crédulos súditos de Moralândia.

Segundo a ministra Dromedares, “com a proibição de as escolas ensinarem Ciência, moralandenses passaram a se libertar das crendices científicas e começaram a aprender a verdade contida no livro sagrado de evanjegues”.

“Acabou aquela história atrasada de as pessoas serem deformadas pelas afirmações despropositadas da Ciência. Agora, a chamada ‘lei da gravidade’, ‘a teoria da evolução’ e a ‘Terra redonda’ são enganações ultrapassadas e superadas pelo elevado conhecimento contido no Evanjeguismo Celestial. Nas escolas de Moralândia corrigimos todos os erros e acabamos com essas besteiras difundidas pela Ciência. De agora em diante, e para todo o sempre, os cientistas ficarão afastados definitivamente de suas atividades e recolhidos em asilos para lunáticos, enquanto os recalcitrantes continuarão internados em penitenciárias psiquiátricas para entenderem a Boa Nova da Nova Era. Hoje, todos sabem que não existem ‘lei da gravidade’, ‘teoria da evolução’ e outras bobagens criadas pelos perversos cientistas para enganar as pessoas. Com a reforma educacional, todos entenderam que a Terra é plana e que a inteligência é exclusividade dos seguidores do evanjeguismo”, asseverou a ministra Dromedares.

Sem se importar com os protestos dos demais intelectuais, igualmente recolhidos aos Centros de Reeducação Evanjegues - CRE, o ministro da Educação repudiou a divulgação clandestina das pesquisas que indicam o crescimento exponencial de obtusidades e do analfabetismo endêmicos em Moralândia (com riscos epidêmicos e, até mesmo, pandêmicos), acusando “o ‘marxismo cultural’ de inventar mentiras contra o povo culto de Moralândia e sua cruzada pela moral e os bons costumes”.

Por sua vez, o ministro da Moral e da Justiça Evanjegue segue pregando o bom comportamento para sua plateia hipnotizada, enquanto continua a fazer vistas grossas para os esquemas bilionários envolvendo o círculo familiar e íntimo do Rei Mierdas, cujas atribuições de fato são repassar às potências estrangeiras, até o esgotamento, o quatrilionário patrimônio público produzido por gerações anteriores.

Nessa missão, o referido ministro faz dobradinha com o Ministro da Economia PE, também notório patriota do estrangeiro, acostumado a trambiques e golpes devidamente acobertados pela Corte Suprema de Moralândia, cuja incumbência é fechar os olhos para “as traquinagens da Corte do Rei Mierdas” e “abonar e viabilizar a arquitetura jurídica” do protetorado em que se transformou Moralândia.

Assim, o evanjeguismo, um dos mais poderosos entorpecentes legalizados, serve de circo para seus seguidores lobotomizados, abrindo e aplainando o caminho para a devastação e destruição total de direitos sociais, trabalhistas, políticos etc. sob as ordens dos Ministros da Moral e da Justiça e o da Economia PE, implementando, concomitantemente, a transferência das propriedades públicas e das empresas, bem como o comando total, para o Grande Irmão do Norte, sob a complacência das Forças Armadas, cujos chefes recebem semanalmente malas e mais malas para seguirem benevolentes com os desígnios forâneos.

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