Mercenários. Por Agenor Bevilacqua Sobrinho
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anteriormente em: http://agenorbevilacquasobrinho.blogspot.com/2011/08/mercenarios.html
Mercenários. Por Agenor Bevilacqua Sobrinho
A corporação certa, no lugar certo e na hora certa para fazer a coisa
errada
Todos os ramos de atividade humana são explorados
por mercenários.
Na área de saúde, temos planos virais e
bacterianos. O número de associados cresce em velocidade geométrica e os
serviços continuam no ritmo inicial, sem se incomodar com as agruras dos incautos
ingressantes e dos já acostumados aos péssimos atendimentos.
No campo do entretenimento, o terror é distribuído
em todos os gêneros. Comédia, romance, drama. Não importa. Futilidades e
abjeções em overdoses desferem com
sucesso golpes simultâneos e sucessivos em cérebros pouco afeitos ao
discernimento.
No setor da publicidade e propaganda, as
recorrências são tão grandes que seria tedioso mencionar a quantidade amazônica
de perfídias, aliciamento para o consumo desnecessário e antiecológico, apelos
sexistas e vexatórias construções midiáticas cientificamente arquitetadas para
lançar a rede e pescar os mais variados otários disponíveis para obter nulidades fundamentais.
Na arena da política, a concentração desse perfil é
acintosa. O deputado/senador deve votar a respeito de um projeto e contabiliza
antecipadamente os dividendos relativos à sua contribuição com o desenvolvimento nacional. Para aprovar, tantos
milhões; para rejeitar, outros milhões; para ficar em cima do muro, o céu é o
limite.
No espaço da educação, os prédios se multiplicam. A
quantidade de edificações sendo ampliadas e erguidas é impressionante. Com
sorriso largo, os acionistas mordem as orelhas ao monitorar os lucros obtidos
com o artigo mercantil. Humanização, valores? Caduquices, talvez acessíveis em
visitas arqueológicas. Qualidade? Para quê? Irrelevância estatística, não soma
taxas de retorno consistentes.
Mercenários não são confiáveis, pois preferem os
próprios interesses aos do país, como ensina Maquiavel. “Querem muito ser teus
soldados, enquanto tu não estás em guerra, mas, ao chegar à guerra, ou fogem ou
se demitem.” No mais das vezes, se aliam aos seus inimigos.
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está sempre no cio,
a luta antifascista
deve ser constante.
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