Mercenários. Por Agenor Bevilacqua Sobrinho


Mercenários. Por Agenor Bevilacqua Sobrinho


Mercenários. Por Agenor Bevilacqua Sobrinho


A corporação certa, no lugar certo e na hora certa para fazer a coisa errada

Todos os ramos de atividade humana são explorados por mercenários.
Na área de saúde, temos planos virais e bacterianos. O número de associados cresce em velocidade geométrica e os serviços continuam no ritmo inicial, sem se incomodar com as agruras dos incautos ingressantes e dos já acostumados aos péssimos atendimentos.
No campo do entretenimento, o terror é distribuído em todos os gêneros. Comédia, romance, drama. Não importa. Futilidades e abjeções em overdoses desferem com sucesso golpes simultâneos e sucessivos em cérebros pouco afeitos ao discernimento.
No setor da publicidade e propaganda, as recorrências são tão grandes que seria tedioso mencionar a quantidade amazônica de perfídias, aliciamento para o consumo desnecessário e antiecológico, apelos sexistas e vexatórias construções midiáticas cientificamente arquitetadas para lançar a rede e pescar os mais variados otários disponíveis para obter nulidades fundamentais.
Na arena da política, a concentração desse perfil é acintosa. O deputado/senador deve votar a respeito de um projeto e contabiliza antecipadamente os dividendos relativos à sua contribuição com o desenvolvimento nacional. Para aprovar, tantos milhões; para rejeitar, outros milhões; para ficar em cima do muro, o céu é o limite.
No espaço da educação, os prédios se multiplicam. A quantidade de edificações sendo ampliadas e erguidas é impressionante. Com sorriso largo, os acionistas mordem as orelhas ao monitorar os lucros obtidos com o artigo mercantil. Humanização, valores? Caduquices, talvez acessíveis em visitas arqueológicas. Qualidade? Para quê? Irrelevância estatística, não soma taxas de retorno consistentes.
Mercenários não são confiáveis, pois preferem os próprios interesses aos do país, como ensina Maquiavel. “Querem muito ser teus soldados, enquanto tu não estás em guerra, mas, ao chegar à guerra, ou fogem ou se demitem.” No mais das vezes, se aliam aos seus inimigos.


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a luta antifascista deve ser constante.






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